O egípcio Mohamed Salah é o melhor jogador de futebol em atividade nesta temporada, a de 2024/2025.
O atacante do Liverpool, aos 32 anos, faz temporada muitíssimo semelhante à de Messi –um extraterrestre no futebol, nivelado a lendas como Pelé e Maradona)– pelo Barcelona quando o argentino tinha 32 anos. Hoje, Lionel está com 37.
A comparação é feita numericamente e se torna mais precisa devido à data próxima de aniversário dos craques. Salah é de 15 de junho. Messi, de 24 de junho.
Cristiano Ronaldo, por exemplo, é de fevereiro. O português, ao aniversariar, estará sempre com a temporada (na Europa e Oriente Médio, que vai de julho/agosto até maio/junho) em andamento –2/3 dela, ele disputa com uma idade; o terço final, com outra. Salah e Messi fazem o ciclo completo com a mesma idade.
É necessário esperar o fim da atual temporada para o registro definitivo, pois Salah pode melhorar ou piorar até lá, mas pela média é possível estabelecer um comparativo com Messi já.
O camisa 11 do Liverpool acumulou até este sábado (22), na temporada 24/25, 31 gols e 20 assistências em 40 partidas, somando as apresentações pelo clube (37) e pela seleção do Egito (3).
Na média, a cada jogo, Salah participa de um gol, ele mesmo marcando ou dando o passe para um companheiro marcar, 1,28 vez.
O momento do egípcio é tão especial que, considerando-se somente as sete partidas mais recentes do Liverpool, no período dos últimos 30 dias, ele anotou oito gols e deu três assistências, o que faz sua participação em gols, na média, subir para 1,57 por jogo. Sublime.
É um número portentoso, altíssimo. Nunca o excelente Salah –que antes de vestir a camisa dos Reds (a partir de 2017) defendeu o suíço Basel, Chelsea, Fiorentina e Roma–, foi tão efetivo. Nunca jogou tanto.
Sua melhor temporada, considerando o desempenho por Liverpool e Egito, tinha sido a primeira na Inglaterra (2017/2018): 51 gols e 10 assistências em 60 jogos, resultando na participação em 1,02 gol por jogo, em média. Agora, relembrando, ela está em 1,28.
Como foi Messi aos 32 anos? Vestindo a camisa 10 azul e grená do Barça (depois foi para o PSG e atualmente está no Inter Miami), mais a alviceleste da Argentina, ele jogou 46 vezes, fez 33 gols e deu 27 assistências. Participação em gol por jogo, em média: 1,30.
Eliminando-se os jogos por suas respectivas seleções, Salah 32 (temporada 24/25) supera Messi 32 (temporada 19/20). O egípcio com com 1,32 participação em gol por partida, em média, e o argentino, com 1,30.
Ver o egípcio, que é canhoto como Messi, jogar atualmente é realizador.
Quase sempre na ponta direita, brilha no um contra um. Rápido, hábil, ágil, deixa os marcadores tontos. Mesmo não sendo muito alto (1,75 m) nem pesado (73 kg), tem força corporal para ganhar o embate com qualquer rival.
No contra-ataque, então, Salah é letal. Papando léguas, deixa os adversários para trás para ficar cara a cara com o goleiro e suplantá-lo.
Finaliza muito bem e, como os números comprovam, não é fominha, deixando constantemente os colegas de time em condição de balançar as redes.
Aos 32, jogando muito, Messi ganhou o Campeonato Espanhol e faturou a Chuteira de Ouro, dada ao principal artilheiro dos campeonatos nacionais europeus. Não faturou, porém, prêmio de melhor do mundo.
Aos 32, jogando muito, Salah caminha para ganhar o Inglês (o Liverpool lidera com folga) e almeja a Champions League (o Liverpool fez a melhor campanha da fase de grupos). Isso ocorrendo, ganhar Bola de Ouro e The Best, havendo coerência nas votações, ocorrerá naturalmente.
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