O grupo chinês de comércio eletrônico Alibaba anunciou nesta segunda-feira (24) que investirá pelo menos US$ 53 bilhões (R$ 303 bilhões) em inteligência artificial (IA) e computação em nuvem nos próximos três anos.
A empresa divulgou que o aporte será para “desenvolver sua infraestrutura de computação em nuvem e IA”, mas não indicou como os valores serão distribuídos. Na semana passada, a Alibaba havia divulgado que fará uma parceria com a Apple na China.
A estratégia pretende “reforçar o compromisso (do Alibaba) com a inovação tecnológica a longo prazo (…) e destaca o foco da empresa no crescimento impulsionado pela IA”, acrescenta o comunicado. A empresa afirmou que a quantia vai superar o gasto total do grupo em IA e nuvem na última década.
O anúncio acontece uma semana após o cofundador do grupo, Jack Ma, comparecer a uma reunião incomum do presidente Xi Jinping com os principais líderes do setor empresarial da China.
A partir de 2020, o setor de tecnologia chinês passou a ser visado pelas autoridades, que pretendiam regulamentar uma indústria até então muito pouco regulamentada.
A campanha teve um grande impacto nas empresas e na atividade do Alibaba, que também possui algumas das plataformas de comércio eletrônico mais utilizadas do país.
Os gigantes do setor de tecnologia, no entanto, se recuperaram aos poucos, em particular nos últimos meses, no momento em que a China tenta reativar o consumo interno, estagnado desde a pandemia, em um cenário de crise imobiliária e índice de desemprego elevado entre os jovens.
A tendência foi reafirmada na semana passada, quando a Alibaba anunciou um forte crescimento de seu faturamento trimestral, mais um sinal da recuperação do setor após anos de estagnação.